Você não perde um filho por um final de semana. Mas pode começar por aí.

Esses dias, durante um evento em que participava uma família com cinco filhos, fui levada a refletir sobre o que significa “perder” um filho.

Enquanto todos estavam à mesa, percebi que o pai, totalmente absorto no celular e na televisão do restaurante, mal notava o filho caçula pedindo por um guardanapo. O filho mais velho, como quem aprende com os olhos, repetia o comportamento do pai: vidrado no celular assistindo vídeos ou séries. Os filhos do meio disputavam a atenção da mãe, que exausta, acabava por dar atenção apenas ao menor. Aquilo me fez pensar profundamente: não perdemos nossos filhos de um dia para o outro, mas dentro de casa, aos poucos, pela desordem e pela desconexão.

Essa perda silenciosa me lembrou da parábola da dracma perdida. A mulher só percebe a bagunça quando coloca luz embusca de algo precioso que perdeu. Ela acende a luz, limpa o ambiente e, ao organizar o espaço, encontra o que estava perdido. O texto nos ensina algo poderoso: só encontramos o que se perdeu quando iluminamos a bagunça.

O problema é que muitos de nós estamos há tanto tempo sem acender a luz de Cristo dentro de casa, que nos acostumamos com o escuro. E quanto mais escuro está, menos enxergamos o caos que se instaurou. A ausência de luz nos protege de ver a verdade, mas também nos impede de tomar decisões de mudança. Porque no fundo, sabemos: vai dar trabalho arrumar o que permitimos se desorganizar.

Você não perde um filho por um final de semana de bagunça ou companhias erradas — mas um final de semana pode ser o empurrão final de um processo que já começou há muito tempo.

A boa notícia é que, se você decidir acender a luz de Cristo em seu lar, Ele mesmo te ajudará a enxergar a bagunça e reorganizar tudo. Cristo te auxilia a reencontrar o que foi perdido.
O ideal seria nunca perder… mas se perdeu, há esperança.

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