Muitas vezes falo essa frase para mim mesma. Quando preciso fazer algo que não quero, me iludo com essa frase: Não posso, estou ocupada. Falando pra Deus que não tenho “tempo” para fazer o que Ele quer que eu faça.
Muitas vezes falo: agora não dá, depois. Todas as vezes que preciso mexer em mim, no meu eu, na Graziela.
Se anular, é muito mais fácil que se definir. Pois quando eu defino, eu enxergo. E quando eu enxergo, eu observo o que está errado. E óbvio, preciso mudar.
Nós mulheres temos muita dificuldade em nos olhar como pessoa. Olhamos a todos, a casa, os filhos, o marido, os afazeres, a família, a igreja, e tudo mais que pudermos colocar, só para não olharmos pro EU pessoa.
E quando fazemos algo em prol de nós mesmas, temos a sensação de estarmos sendo egoístas. Então, voltamos a cuidar de todos, quando na verdade, isso é mais uma forma de se ocupar, para não ter de enfrentar.
Mas essa auto anulação traz uma sobrecarga, um peso, um cansaço e uma falta de satisfação de achar que não estou vivendo o que eu deveria viver.
Eu sei, comecei o texto falando de mim, mas isso é muito de você também. Uma sensação de egoísmo de querer fazer algo por você mesma.
Mas afinal quem é você? Quem sou eu?
A resposta para essa pergunta, é falada em todo vôo pelos comissários de bordo: “Em caso de despressurização da cabine, máscaras cairão automaticamente à sua frente.
Coloque primeiro a sua e só então auxilie quem estiver ao seu lado”.
Quer curar sua família, seu casamento, seus filhos? Comece curando a você!
Quer cuidar dos outros, enquanto sua saúde está a beira do precipício? Comece cuidando de você!
Quer alimentar outras vidas? Comece alimentando a você!
Mas como?
Colocando que a Graziela (coloque seu nome) precisa dos mesmos cuidados que todos, separando tempo pra Graziela, ocupando em descobrir do que ela gosta, do que ela sente falta, do que a alegra, o que a arrebata a alma.
Se descubra, se reconstrua, se liberte. Você vai amar sua verdadeira identidade em Cristo.
Pois Ele te criou para ser herdeira, mas com todas as coisas que carregamos se esquecemos de quem somos e trocamos a coroa de filhos, pelos acessórios de conhecidos.