Antes que eu me envolva (Ebook)

Introdução

Eu não tenho 12, 14 ou 18 anos, bem longe disso, já passei dessa fase, já quebrei a cara, já vivi o que não queria e já sofri o que nem devia. Mas hoje sou o fruto dessas experiências, algumas boas outras nem tanto. Quando eu era jovem e solteira, eu não tive a oportunidade de ter alguém que escrevesse dessa forma, e sim, isso me faltou. Tive que aprender com a “sorte” e a tal sorte muitas vezes falha. Na minha adolescência eu fui uma jovem com dúvidas, perguntava sobretudo e por isso, muitas vezes fui mal interpretada, mas eu tinha muitas dúvidas, muitas curiosidades, hoje eu entendo o porquê, mas naquela época não. Por que um jovem não pode perguntar? Por que somos taxados por simplesmente termos curiosidade? A grande questão é que as pessoas que não querem nos responder seja por falta de resposta ou por falta de interesse não sabem que a dúvida não se anula com respostas do tipo: “porque sim”, “porque não”, “porque Deus quer assim” … Na Na Ni Ni Não. Muito pelo contrário, aí que ficamos com a pulga atrás da orelha querendo saber não só a pergunta, mas também o porquê a pessoa não quis responder. Na minha adolescência o Google não era o Google, a internet estava começando a ser disponibilizada no Brasil, ou seja, informação era algo escasso. Mas hoje não, hoje um jovem faz uma pergunta, já sabendo as mil respostas do Google, ele quer mais uma validação do que propriamente a resposta da pergunta. E isso é bem preocupante, pois quando um adulto validador se cala, a resposta é a que ele pesquisou, seja ela boa ou ruim, seja ela certa ou errada. Isso sim muito me preocupa.Eu precisava saber dessas coisas ANTES de se envolver, mas ninguém me falou, ninguém me contou, me explicou, me alertou. Se eu soubesse das coisas que…